Biografia
Crítica
"...Estamos perante uma pintura intemporal de textura silenciosa, matemática e que expõe a vibração terrível e incessante do grito, retrato do mundo e de um deus rupestre e feminino.
O que se vê é de um rigôr extremo, uma ressonância muscular, uma bússula que nos domina a maturidade e a melancolia...
... Estes quadros evidenciam uma necessidade de apaziguamento e decantação, uma ética de individualidade e pureza, uma radical fundamentação e autenticação do ser, uma afinidade com o tráfego quotidiano da morte que a mulher, o corpo da mulher, no seu labor de osmose e avassaladora sedução aqui se despoja, erguendo apenas as metáforas do tumulto, o evocativo cromático das paisagens que se ocultam claustrofobicamente, sob a pele e os desejos. Um corpo, assim despojado, é na sua essência um pedaço de tempo emergindo da terra - o rosto, a claridade intensa da sua voz".
Jorge Velhote
(2003)
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"A obra desta artista é visceral. Sua produção consegue num intenso jogo de transparências, trabalhar a questão da existência humana e da sua transcendência pelo uso, geralmente, de cores que indicam uma postura intensa perante a vida. A sua arte surge repleta de compromisso com a vida, não só como um mero exercício visual. Cada criação, alerta para a nossa dimensão humana e para a consequente brevidade do ser, do existir e do amar."
Oscar D'Ambrosio
(Itália 2008)
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"Tutto svanisce, come l’aurea della luna dopo una notte umida. Scopre, dopo il buio, una luce e al risveglio una visione è ancora viva, e con essa le rappresentazione di un’umanità frammentata e dove i colori sono in via di estinzione e anzi si sciolgono come neve in una lunga notte nordica. Fondi e linee come disegno mentale di un’interiorità tutta da gridare, e l’affermazione poetica di un sussulto di amore tra le pieghe del bianco evanescente. Un vortice di emozioni che Maria riconduce alla mente e nelle pulsioni del ritmo della composizione edifica il messaggio pittorico di uomini senza corpo e come su teli di tulle i sorrisi sono frammenti di incontri."
Gianni Nappa
(Itália 2008)
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